O novo Novo Mundo!
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- Categoria: a história do vinho
Todo amante de vinhos fala em Velho Mundo, e em Novo Mundo. Mas, atualmente, existe um “novo” Novo Mundo nesse cenário! Que tal conhecê-lo?
No Velho Mundo estão os países com maior tradição histórica no cultivo da vinha e na produção de vinho. Velho Mundo é o termo usado para descrever o mundo conhecido pelos europeus até o século 15, ou seja, os países europeus e mediterrâneos, como França, Itália, Espanha, Áustria, Alemanha, Suíça, Hungria, Portugal, Grécia...
Novo Mundo, por sua vez, é o termo usado, em contraposição, para falar de regiões com histórias de vitivinicultura mais recentes: Estados Unidos, Chile, Argentina, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Brasil... Mesmo assim, em geral estamos falando em alguns séculos de experiência, já. A história da vitivinicultura na África do Sul começou em 1659. Na Austrália, começou em 1788...
Porém, o mapa da produção vitivinícola vem assistindo uma nova onda de mudanças, com a entrada tardia de alguns países no processo de globalização, e com a ampliação das faixas de latitude localizadas entre os paralelos 30° e 50°N e 30° e 50°S, consideradas as mais propícias para o cultivo de uvas de qualidade.
Assim, surgem novas zonas de cultivo da Vitis vinifera com a produção de vinho, em locais que podem ser considerados, esses, sim, o NOVO Novo Mundo do vinho:
na Europa, o sul do Reino Unido, por exemplo, que fica mais ao norte que os tais 50°N de latitude.
nos Estados Unidos, longe da costa do Pacífico onde estão a Califórnia, Oregon e Washington, também encontramos uma promissora indústria de vinhos no centro do país, em Nebraska, ou na costa oposta, do Atlântico, no estado da Virgínia.
no Canadá, com o vale Okanagan perto do Pacífico, e Ontario perto do Atlântico, ambos no sul do país, mas ambos já acima da latitude 50°N.
no leste europeu e no Cáucaso, países como a Romênia, a Crimeia, a Geórgia, onde a tradição de vinho pode até ser milenar, mas que ainda são exóticos, no atual mundo globalizado do vinho.
falando em país exótico, por que não incluir o Cazaquistão nessa lista, um dos maiores países do mundo, e do qual sabemos tão pouco, menos ainda dos seus vinhos?
ou então, por que não lembrar, também, de países reconhecidos pela produção de outras bebidas, como o México, onde a tequila pode sim, ceder um pouco do seu espaço para um vinho nacional?
para encerrar, lembramos da China, que está tornando-se um relevante produtor de vinho, com um crescimento astronômico, ano após ano!
E qual a graça de procurar por esses vinhos, ainda tão difíceis de serem encontrados? Suas histórias pitorescas, suas cepas autóctones, seus sabores diferentes. Ou, simplesmente, o desafio em si.
Fica aqui, a dica...
Aliás, se quiser ler sobre diferentes países produtores de vinho, do Velho, do Novo e do “novo” Novo Mundo, clique aqui. Para saber mais sobre esse conceito, clique aqui. Ou então, para ler sobre cepas autóctones, clique aqui.
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